Com R$ 500 milhões sob gestão, a MAV Capital, gestora de recursos independente e especializada em créditos estruturados e ativos ilíquidos, está ampliando sua atuação e pretende lançar novos fundos ao longo de 2023, um deles voltado ao varejo. A meta é terminar 2023 com algo entre R$ 750 milhões e R$ 1 bilhão.
Hoje, a MAV conta com dois fundos em operação e dois contratados, todos relacionados ao agronegócio e gestão de ativos de baixa liquidez e voltados para investidores profissionais. “Nosso projeto envolve o lançamento de novos fundos de investimentos ao longo do ano e pretendemos atingir o público em geral no segundo semestre”, diz André Ito, sócio e gestor da MAV Capital.
Para isso, a gestora está se reestruturando e acaba de reforçar seu time de atuação com a chegada de Gabriela Chiste, ex-presidente do Desenvolve SP, banco de fomento estadual do Estado de São Paulo. Outro nome de peso é Felipe Celidonio, ex-BR Partners e XP, que atuará na gestão. Já Gabriela, que conta com larga experiência na área financeira e em projetos de financiamento para os setores de energia, agronegócio e ESG, Gabriela assume a área de gestão de risco e crédito da MAV Capital.
“Na MAV, começo uma nova etapa profissional como sócia responsável por Riscos e Crédito, estou bastante animada com o desafio de contribuir para o fortalecimento da Gestora que tem o propósito de estruturar crédito de maneira responsável, competitiva e inovadora”, afirma Gabriela.
De acordo com a executiva, o mercado de crédito continuará crescendo em 2023, com expectativa de ampliação em mais 8%, mesmo considerando uma baixa expectativa para o crescimento do PIB. “Os Fiagros seguem como o instrumento financeiro que dará condições do agro continuar sendo um importante agente do crescimento e desenvolvimento da nossa economia e estar na MAV me permitirá participar ativamente de tudo isso”, explica.
A originação dos ativos da MAV é feita com a prospecção ativa, que envolve a avaliação de cenários, riscos e mitigantes, além da análise da estrutura, garantias, contrapartes e retorno. “A empresa dá atenção especial aos emissores menos frequentes, pois no nosso entendimento, esse tipo de ativo oferece, através de uma administração profissional, uma melhor relação de risco e retorno aos nossos investidores quando comparado com títulos high grade”, explica Ito.
Segundo o executivo, a entrada de Gabriela ocorre em um importante momento do mercado, em que os Fiagros – Fundos de Investimento em Cadeias Agroindustriais – vem se consolidando nas carteiras das pessoas físicas. Em 2022, o patrimônio líquido destes fundos cresceu 544%, atingindo R$ 10,34 bilhões. “O momento do mercado é positivo e esperamos que a indústria de Fiagros mais dobre em 2023. Seu tamanho ainda é pequeno diante do potencial de mercado”, afirma.
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