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Habilidades que tornam a gestão feminina única

Susana Falchi *

A participação das mulheres no mercado de trabalho ainda é muito incipiente perto do preparo das profissionais e do perfil que possuem. Apesar dos avanços na igualdade de gêneros ainda caminharem devagar, tornaram-se mais comuns exemplos de liderança feminina de sucesso. As mulheres no poder mostram que as empresas ganham com a diversidade, pois elas possuem atributos importantes e complementares aos masculinos.

As profissionais apresentam habilidades que têm resultado em desempenhos acima das expectativas, conforme revelam pesquisas como a do McKinsey. Segundo o estudo "Delivering Through Diversity", com base em dados de 1007 companhias em 12 países, as empresas lideradas por mulheres têm, em média, rendimentos 21% acima da média industrial em seu país.

Ao menos quatro competências femininas se destacam âmbito corporativo. Veja quais são:

1.Versatilidade Por força da necessidade da gestão do lar e do ambiente familiar, as mulheres desenvolveram a capacidade natural de realizar várias atividades ao mesmo tempo. O mercado empresarial não é feito por especialistas profundos em apenas uma pequena área e nem por generalista que conhece um pouco de tudo, mas pelo híbrido entre essas posições. As organizações procuram pessoas que têm visão geral, capazes de responder com profundidade por áreas vitais para sua sobrevivência e com conhecimento generalista para atuar em áreas periféricas.

2. Sensibilidade Como principal gestora da família desde o início da humanidade, a mulher precisa estar atenta a detalhes que faziam a diferença na sobrevivência. No mundo empresarial, é possível observar que elas demonstram performance acima da média e se sobrepõem quando o assunto é atenção ao detalhe. Na área financeira, controladoria e contabilidade, por exemplo, as profissionais têm alto grau de confiabilidade sobre as tarefas realizadas.

3. Empatia Maior identificação ao estabelecer e gerenciar relacionamentos interpessoais. Historicamente, elas tiveram que criar e impor a sua liderança por habilidades que podem ser chamadas de soft skills ou competências ligadas ao relacionamento. Diferentemente do homem, que geneticamente atende seu instinto de impor a liderança pela força ou pelo uso de coerção.

4. Confiabilidade As mulheres oferecem menos risco na gestão, pois exibem perfis de personalidade menos propensos a desvios de conduta que resultam em potenciais riscos para as organizações. É o que mostra a Pesquisa Perfil Comportamental de Executivos: homens versus mulheres, elaborada pela HSD Consultoria. O estudo comparou percentuais de pessoas com desvio de caráter com relação ao sexo, e 20,77% das mulheres em cargos executivos demonstram o problema. Já o percentual dos homens é bem maior: 29,2%. Longe da apologia ao feminismo e da exigência de cotas, é preciso observar que as mulheres têm muito a contribuir na gestão. Elas têm uma força enorme, são multitarefas por natureza, observadoras, tem facilidade para criar empatia, conseguem trazer seus valores para o seu processo decisório e buscam fazer o que é o certo, dentro de uma perspectiva de retidão, talvez até porque são chamadas o tempo todo.


*Susana Falchi é CEO da HSD Consultoria em RH e criadora do PSIT, App que mapeia percepções para autodesenvolvimento dos colaboradores.




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