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Ambiente corporativo é estratégico para o sucesso dos negócios

* Susana Falchi


As empresas já perceberam a importância de promover um ambiente de trabalho menos estressante, mais colaborativo e buscam, cada vez mais, iniciativas que prezam pela qualidade dos relacionamentos e bem-estar dos funcionários. Assim, além de fazer o bem, também se destacam mundo afora ao fazer prosperar seus negócios ao dedicar o devido valor ao capital humano.


De fato, as corporações que proporcionam mais riqueza humana aos colaboradores se tornam bem-sucedidas, pois pessoas que são reconhecidas pelas suas contribuições, são mais engajadas, produtivas e inovadoras. Corrobora com esse conceito de “organização positiva” estudo recente da Universidade de Harvard.


Durante 75 anos, pesquisadores de uma das instituições de ensino mais renomadas do mundo acompanharam a vida de quase 700 jovens norte-americanos, com o objetivo de entender o segredo do sucesso e da felicidade. Longe da resposta ser dinheiro e bens materiais, a pesquisa concluiu que as pessoas que viviam mais e com mais saúde eram aquelas que se relacionavam melhor com as outras.


No Brasil, poucas empresas ainda vêm implementando ações baseadas nos conceitos da psicologia sistêmica, ciência que estuda o pleno potencial humano e os aspetos virtuosos do comportamento. O grande diferencial desta abordagem é permitir que os próprios profissionais avaliem cotidianamente as contribuições de seus colegas dentro de um leque de dimensões e fatores que buscam contribuir para os resultados organizacionais. E, desta forma, fornecer dicas (feedforward) que direcionam o indivíduo a um processo de melhorias constante.


Em alternativa ao tradicional feedback anual das companhias, geralmente realizado por um superior aos seus subordinados, a avaliação pautada na psicologia sistêmica deve ser feita em todos os níveis, de colega para colega, independentemente da área. Isso é muito saudável, pois ajuda o profissional a se enxergar com os olhos dos outros e, desta forma, entender como está contribuindo para o trabalho de todas as pessoas com as quais interage no dia a dia. A análise, desta forma, ganha mais robustez, mediante um conceito sistêmico, representado por três dimensões: ação, conexão e conhecimento.


Ferramentas que permitam o maior engajamento dos funcionários e promovam mais sinergia entre os colaboradores devem se tornar prioritárias dentro das companhias. De acordo com a consultoria McKinsey, apenas 3 em cada 10 funcionários se sentem 100% engajados no trabalho. Além disso, somente 21% acreditam que suas performances estão sendo bem avaliadas pelas empresas.


A gestão, no mercado de forma geral, precisa ser mais fluída e menos hierarquizada. Trabalhar com os preceitos da psicologia sistêmica, entretanto, demanda uma mudança de mindset das empresas de maneira geral e toda quebra de paradigma é complexa, mas pode trazer resultados muito relevantes.


(*) Susana Falchi é CEO da HSD Consultoria em RH e criadora do PSIT, App que mapeia percepções para autodesenvolvimento dos colaboradores.



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